Os melhores e os piores shows do Lollapalooza 2025... Os destaques e as decepções do festival

  • 31/03/2025
Leia as críticas do g1, veja as listas de 10 melhores e 5 piores baseadas nestes textos e assista aos principais momentos dos shows mais marcantes (para o bem e para o mal). Melhores e piores do Lolla 2025: veja os bastidores da lista do g1 Neste ano, a décima segunda edição do Lollapalooza reuniu 240 mil pessoas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, somando os três dias de festival: sexta (28), sábado (29) e domingo (30). Nos últimos anos, esta foi a edição com a programação menos diversa, embora com sequências divertidas de shows e uma deliciosa sensação de ter que escolher uma atração e perder outra. Festival é isso. O line-up foi muito focado em pop, rock e eletrônico, principalmente com atrações donas de hits virais do TikTok e do Instagram. Essas novidades que ainda tentam se firmar são muito bem-vindas, é claro. Mas não seria possível conciliá-las com artistas mais estabelecidos e de outros estilos? Rap, funk e música latina, por exemplo, tiveram poucos representantes. Não por acaso, dois dos melhores shows deste ano foram de artistas que fugiram do básico: Michael Kiwanuka (soul) e Ca7riel & Paco Amoroso (rap latino). Abaixo, o g1 elege os destaques positivos e negativos do line-up. As listas foram feitas com base nos 26 reviews do g1, que fez a cobertura dos principais shows do Lollapalooza. Os critérios levam em conta não só a relevância e talento de cada artista. A apresentação no festival, a reação da plateia, a escolha do setlist, a execução das músicas e a parte técnica da performance também são fatores considerados nos rankings. MAIS LOLLA: O que deu certo e o que deu errado? NÃO CONCORDA? Vote no seu show preferido Os melhores do Lollapalooza 2025 10º) Jão Jão canta 'Linger' no Lollapalooza 2025; veja trecho do show Jão fechou um ciclo na carreira do cantor. Em 2022, quando ele se apresentou pela primeira vez no mesmo festival, sua performance com coros gigantes surpreendeu quem, naquela época, ainda colocava em dúvida sua popularidade. Agora, o cantor de 30 anos voltou ao evento como um fato incontestável no pop brasileiro. "Eu sou um popstar", ele atestou diante de uma multidão, antes de um cover um tanto atrapalhado de "Linger", dos Cranberries. "E, porque sou um popstar, decidi cantar essa música só porque eu quero. E porque é a preferida de uma pessoa que gosto muito." Para o "até logo". decidiu privilegiar o álbum "Pirata", de 2021. Na maior parte do tempo, foi uma apresentação pensada para os fãs mais dedicados. Leia mais sobre o show do Jão no Lollapalooza. 9º) Michael Kiwanuka Michael Kiwanuka canta 'Cold little heart' no Lollapalooza 2025 Neste Lolla de atrações pop e rock, coube ao inglês Michael Kiwanuka fazer o show mais soul do festival. O músico britânico atraiu um público de fãs e curiosos. Tinha ao seu favor uma voz rouca, encorpada, e uma banda habilidosa. Com quase 15 anos de carreira, o britânico ainda lida com uma diferença muito grande entre os públicos de casa e de fora. Tímido, mas talentoso, não conversou muito e preferiu se comunicar nas canções. Ele já abriu shows de Adele no início da carreira e diz ter aprendido com ela a não deixar a timidez impedi-lo de cantar com o coração. Leia mais sobre o show de Michael Kiwanuka no Lollapalooza. 8º) Ca7riel & Paco Amoroso Ca7riel & Paco Amoroso cantam “EL UNICO” no Lollapalooza 2025 Foi surpreendente o engajamento do público que se reuniu para assistir ao show da dupla argentina Ca7riel & Paco Amoroso. Os dois têm carreira recente (o primeiro disco saiu em 2024), estão longe de serem celebridades fora de sua terra natal e o Brasil é conhecidamente um país difícil para quem canta em espanhol. Não que eles tenham atraído uma multidão. Mas quem estava lá dançou, gritou e, sobretudo, prestou atenção. Acredite: isso não é algo tão comum nas apresentações de artistas menos conhecidos em festivais como o Lolla -- em muitos casos, o que se vê é uma plateia inteira mexendo no celular. Leia mais sobre o show de Ca7riel & Paco Amoroso no Lollapalooza. 7º) Olivia Rodrigo Olivia Rodrigo canta 'Drivers License' no Lollapalooza 2025 Olivia Rodrigo comprovou seu status de ídolo jovem e emocionou fãs com seu show divertido e abarrotado de gente, a maioria jovens de idade escolar com seus pais. Ser headliner aos 22 anos é um grande poder e uma grande responsabilidade. Ela provou que se alguém tem tamanho para isso, é ela. Apesar da empolgação e do inegável talento, Olivia ainda não dominou totalmente a parte vocal. Em músicas mais lentas, como “Traitor”, cantou bem; mas se atrapalhou em faixas mais agitadas como “Love is Embarrassing”, quando fez coreografias com as dançarinas e não conseguiu manter o fôlego. Leia mais sobre o show de Olivia Rodrigo no Lollapalooza. 6º) Justin Timberlake Justin Timberlake mostrou que mantém seu "molho de popstar", apesar da fase meio flopada. Cantor de boyband, popstar do momento, badboy nos holofotes. Ele já foi tudo isso e, agora, vive uma era que é metade decadente e metade alvo do cancelamento online. Mesmo assim, ele provou ainda ter o dom de showman que o levou à fama. O gogó de Justin continua em dia. Além de ter um vocal afiado, o músico alinha o talento à escolha de cantar sem base pré-gravada, algo incomum para estrelas do pop como ele, que canta dançando de um lado para o outro do palco. Leia mais sobre o show de Justin Timberlake no Lollapalooza. 5º) Parcels Parcels toca 'Tieduprightnow' no Lollapalooza 2025 Quem foi conferir o Parcels encontrou um dos shows mais divertidos deste Lollapalooza. A banda australiana de eletropop ganhou o horário mais cobiçado do festival, o anoitecer, e honrou a vaga com louvor. Sem concorrência exceto pelo palco eletrônico, o grupo foi atraindo um público cada vez maior ao longo do show. Bastou o comando das linhas de baixo e a guitarra funk à la Nile Rogers para a plateia se mexer - daí em diante, a banda não deixou respiro para pausa. Imagine um filho musical de Tame Impala com Daft Punk, com coros e um piano estilo Elton John: esse é o Parcels. Entre pop, botou um pé psicodelia e outro no nosso top 5. Leia mais sobre o show do Parcels no Lollapalooza. 4º) Girl In Red Girl in Red toca 'We fell in love in october' no Lollapalooza 2025; veja trecho do show Girl in Red, cantora norueguesa de indie pop, cantou sobre amor entre mulheres com um arco-íris no Lollapalooza. Com carisma e energia no palco, ela conseguiu sustentar a empolgação da plateia e conduzir até mesmo quem estava ali só de passagem. "Vocês viram o arco-íris? Acho que os deuses gays estão conosco hoje. Deus é gay", disse a artista de 26 anos, antes de cantar "Girls", música sobre uma garota descobrindo que gosta de garotas. Apesar de estar com uma infecção forte na garganta, e ter se desculpado por não estar 100% vocalmente, ela fez um dos shows mais empolgantes do festival. Leia mais sobre o show de Girl in Red no Lollapalooza. 3º) Empire of the Sun Empire of the Sun toca 'Walking on a dream' no Lollapalooza 2025; veja trecho do show O Empire of the Sun foi muito além da música. O duo australiano fez um show altamente sensorial. Alucinógena, a apresentação veio embalada por vídeos ultracoloridos, looks extravagantes e luzes neon. Na terceira vez no Brasil, Luke Steele e Nick Littlemore levaram seu eletropop para uma plateia que parecia não conhecer muito de sua discografia. O momento de maior envolvimento do público foi em “Walking on a Dream”. Trilha de muitos virais do TikTok, o hit de 2008 vem sendo resgatado pela geração Z desde 2024. Tudo ali era um show próprio: moda, maquiagem, cenografia e, claro, música. Cada detalhe muito bem amarrado com a proposta doidona que, no fim, valeu um terceiro lugar nesta lista. Leia mais sobre o show do Empire of the Sun no Lollapalooza. 2º) Marina Lima Marina Lima com Pabllo Vittar no Lollapalooza Brasil 2025 Marina Lima merecia espaço mais nobre em sua estreia no Lollapalooza. Nome nacional mais experiente da edição de 2025, a cantora mostrou como anos de palco fazem diferença num megaevento como esse. Marina foi escalada para 15h50, bem antes de estrangeiros iniciantes. Na escala de privilégios de um festival, o horário é considerado desfavorável, porque as pessoas ainda estão chegando e o calor incomoda. Para completar, lidou com problemas técnicos, e mais de uma vez precisou pedir que aumentassem o som de sua guitarra. Apesar dos perrengues, fez o segundo melhor show do evento, com Pabllo Vittar, cover de Billie Eilish e uma emocionante homenagem para o irmão Antonio Cícero (1945-2024). Leia mais sobre o show de Marina Lima no Lollapalooza. 1º) Alanis Morissette Alanis Morissette canta 'Ironic' no Lollapalooza 2025 Alanis Morissette botou o Lolla no bolso com um show que pareceu de uma profissional em meio a atletas do time sub-15. Em forma, ela mostrou a força de um setlist dominado pelo álbum "Jagged Little Pill”, disco de 1995 que vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo mundo. Alanis tinha 21 anos quando apareceu fazendo pop rock cheio de raiva e peso. Agora, aos 50, prova ao vivo que sua voz continua excelente e o jeito de se apresentar não mudou tanto assim. Sorte de quem viu ao vivo. Leia mais sobre o show de Alanis Morissette no Lollapalooza. Os piores shows do Lolla 2025 5º pior) Benson Boone Benson Boone canta 'Beautiful things' no Lollapalooza 2025; veja trecho do show Benson Boone fez sua estreia no Brasil às voltas com o desafio de provar que é mais do que um one-hit-wonder de TikTok. Ainda não foi dessa vez que ele conseguiu: perdido entre um repertório genérico e uma postura confusa, o cantor de pop-rock fez um show sem personalidade, apesar dos bons vocais. Dono de "Beautiful Things", a canção mais ouvida nas plataformas digitais em 2024, tem técnica, mas falta uma marca ao cantor, um algo a mais. Sem uma persona artística autêntica, ele parece não ter decidido se fará o estilo galã excêntrico, tipo Harry Styles, galã selvagem, meio Adam Levine, ou galã bom moço, como Shawn Mendes. Leia mais sobre o show de Benson Boone no Lollapalooza. 4º pior) Foster the People Foster the People toca 'Pumped up kicks' no Lollapalooza 2025 O Foster the People fez show morno no Lolla com um setlist que teve uma estranha energia "sobe e desce". No Brasil pela quinta vez, a banda de indie rock tocou no palco principal em um bom horário, mas as expectativas de um sub headliner não foram confirmadas. Foi uma apresentação que funcionou só pela nostalgia. Faixas do álbum “Torches” (2011) deixaram todas as outras ofuscadas. Não que isso seja uma surpresa. O Foster vive uma fase meio caída, sem emplacar hits. Ao vivo, provaram estar bem longe da fase em que eram nome obrigatório em rolezinhos de indie rock. Leia mais sobre o show do Foster the People no Lollapalooza. 3º pior) Tate McRae Tate McRae canta 'Greedy' no Lollapalooza 2025 Era apenas a quarta música de sua estreia no Brasil e Tate McRae já tinha berrado “WHAT?” pelo menos dez vezes. Gritar “o quê?” durante as canções foi apenas uma das formas de tapear o que agora podemos confirmar: como cantora, Tate é uma excelente dançarina. A cantora canadense de 21 anos coloca seu 1,72m para jogo na dança, mas não se arrisca tanto cantando. Mesmo assim, entrega uma performance divertida e básica. Quem é fã de pop amou. Quem é um pouco mais exigente na hora de declarar seu amor por uma diva pop, no entanto, ficou muito decepcionado. Leia mais sobre o show de Tate McRae no Lollapalooza. 2º pior) Shawn Mendes Shawn Mendes canta 'Mas que nada', de Jorge Ben Jor, no Lollapalooza Shawn Mendes fez versão "evoluída" do show no Rock in Rio, mas isso não quis dizer mutia coisa: o show é morno e irregular para um headliner de festival. A diferença ficou na estrutura do palco, bem mais robusta. Enquanto aquela parecia “improvisada”, esta tinha cenário, luzes, fogos de artifício e um bem-vindo telão a mais. Apesar de ter um pai português e poder arriscar outra canção brasileira, repetiu a versão de “Mas que nada” cantada no Rock in Rio. A novidade foi um "a vida presta", frase meme de Fernanda Torres. A brincadeira fez fãs rirem, mas o palco principal não parecia o que Olivia ocupou no dia anterior. Com muito mais buracos no público, muita gente foi embora após ver Alanis e não quis gastar seu tempo com o galã canadense. Leia mais sobre o show de Shawn Mendes no Lollapalooza. 1º pior) Nessa Barrett Nessa Barrett canta 'Die First' em show no Lollapalooza 2025 Quando Nessa Barrett assinou seu primeiro contrato como cantora, ela era uma tiktoker que cantava direitinho. Quem gastou 50 minutos vendo sua performance saiu com outra impressão: ela é uma tiktoker que não canta tão direitinho assim. Quase todos os vocais são pré-gravados e ela dubla na maior parte do tempo. Há explicação. Uma coisa é postar vídeos curtos soltando a voz ou dublando hits de outros artistas, como ela fazia por volta dos 17 anos. Outra bem diferente é entregar um bom show de festival em um horário nobre, depois das 19h. Uma plateia dedicada, na maioria mulheres jovens, não se importou com a pouca desenvoltura da moça de 1,50m e 22 anos. Animadas, gritaram “Nessa, eu te amo” e “Nessa, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”. Essa devoção é demais, mas Nessa fez um dos piores shows da história do festival. Leia mais sobre o show de Nessa Barrett no Lollapalooza.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/lollapalooza/2025/noticia/2025/03/31/os-melhores-e-os-piores-shows-do-lollapalooza-2025-os-destaques-e-as-decepcoes-do-festival.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Catedral

Jair Francisco

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Hello!

Jair Francisco

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes